domingo, 17 de novembro de 2024

Silêncio e Movimento - Nelsinho Ferreira

Não sei onde ela vai terminar,
Mas às vezes parece próximo de acabar.
Por que esse é o fim?
Olho pro lado e vejo pessoas ao redor,
Preocupadas com o desconhecido.

A cada dia levanto e não reconheço,
O sentido da vida é efêmero.
Sinto no peito a desilusão do poeta,
Sinto na minha cabeça a dor de um instante perdido.
Vejo que a estrada é longínqua,
Vejo que é o sonho o impulso da vida.

Mas será que há realmente um fim,
Ou é só um novo começo, silencioso, escondido?
A cada passo, o que parece desvanecer,
É só o que ainda precisa ser entendido.

O tempo, esse mestre invisível,
Nos ensina a viver, a se reinventar.
A estrada longa é a chance de recomeçar,
E até a dor é luz, que nos guia a caminhar.

Na incerteza, eu me encontro,
E no silêncio, me refaço inteiro.
A vida é esse fio tênue entre o medo e o sonho,
E sigo, apesar de tudo, com o coração verdadeiro.

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