A vida tem sentido? Qual o sentido da vida? Qual é a vida que tem sentido? Se analisarmos o fenômeno vida a partir da ideia de que é um estado de atividade incessante comum aos seres vivos; que é o período que decorre entre o nascimento, reprodução e morte; que é a evolução desde seu início até seu fim; ou que é o tempo de existência e funcionamento de alguma coisa, por certo, estar e permanecer vivo é o sentido da vida, que se finda na sua defunção.
Inicialmente, o indivíduo busca um sentido maior para esse fenômeno, no qual possa ser bússola para direcionar sua existência. Nesse caso, busca referência ou propósito para conduzir essa passagem, desde a tomada de consciência ao seu fim.
Diante disso, não existe resposta que enquadre todas as possibilidades humanas, haja vista que o ente está em constante construção, mas podemos discorrer sobre conceitos que possam acalmar nosso espírito diante dessa indagação existencial.
O sujeito, enquanto conhecedor, direciona suas intenções subjetivas para o objeto (conhecido, fenômeno), que, nesse caso, é a vida. Logo, podemos tratar essa busca por dar sentido à vida como um desejo subjetivo do sujeito, e não a finalidade do objeto conhecido. Por certo, a relação sujeito-objeto no caso em tela produz a escolha como possibilidade de conclusão.
Primeiramente, devemos entender o conceito de escolha à luz do pensamento existencialista. Esses acreditavam que todos os seres humanos são dotados de liberdade, o que possibilita fazer escolhas de vida exclusivas para cada indivíduo com base em suas próprias crenças e experiências. Contudo, a partir dessas escolhas, as pessoas começam a descobrir quem são e o que são, segundo o filósofo Sartre:
“O homem é tão somente, não apenas como ele se concebe, mas também como ele se quer, como ele se concebe após a existência, como ele se quer após esse impulso para a existência. O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo.”[1]
Insta salientar que, para Sartre, “… o homem tem liberdade de escolha no sentido em que, através da escolha, ele confere à sua atividade um significado que ele não teria de outro modo.”[2]
Destarte, o sentido metafísico da vida que o sujeito busca incessantemente está nas escolhas livres que ele faz; estas devem passar pelo crivo da razão, pois são carregadas de responsabilidades.
Em suma, o sentido da vida seria a liberdade que possuímos para fazer escolhas; estas devem ser guiadas pela razão. Enfim, sabemos escolher?
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