quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A busca da felicidade segundo Platão - Nelsinho Ferreira

Estamos em busca da felicidade? Onde encontramos a felicidade? A felicidade é plena ou passageira? Essas são algumas perguntas que fazemos ao longo da vida, são inúmeras as repostas para estas perguntas. Para alguns a felicidade é algo material ou um estado de espírito, há pessoas que não acreditam na felicidade, mas sim em momentos alegres. Os gregos antigos consideravam a felicidade como a finalidade última da Filosofia. Os filósofos vêem a felicidade como a finalidade última dos nossos atos, mas que nem todo ato traz felicidade. Mas "O que é felicidade?" pergunta de cunho filosófico que tirou o sono de muitos pensadores. Em grego, felicidade se diz “eudaimonia” cujo seu significado é bom demônio, acreditavam-se que a felicidade era um bem concedido por forças divinas e que esse poderia ser perdido dependendo do comportamento humano ou pela vontade divina. Portanto, a felicidade era considerada um bem instável.

         O filosofo grego Platão, dizia que o homem só atingirá a felicidade quando abandonar o mundo sensível em direção ao mundo inteligível, que permite chegar à idéia do bem, que é a causa das idéias perfeitas como a beleza, coragem, justiça e felicidade. Para que isso ocorra, é necessário que a alma racional (conhecimento) regule a alma irascível (paixão) e que esta, controle a alma concupiscente (desejo). Por meio da dialética a alma humana penetraria o mundo inteligível, contemplando as idéias perfeitas até atingir a idéia suprema que é a idéia do bem. Em resumo, Platão considera que a felicidade é o resultado final de uma vida dedicada a um conhecimento progressivo que permita atingir a idéia do bem. 

O pensamento de Platão segue uma linha idealista propondo que a felicidade está no campo das idéias, a felicidade é uma vida dedicada à busca do conhecimento e da reflexão filosófica, com esse conhecimento, temos condição de pesar o que é bom e o que é mau. Para o filósofo a ascensão dialética equivaleria não apenas um ganho ou elevação do conhecimento, mas uma elevação ontológica. Em resumo aquele que alcança o conhecimento verdadeiro que culmina na ideia do bem tornar-se um ser melhor em sua vivência e por isso pode viver feliz. Mas será que a felicidade está nessa busca pelo conhecimento? Será que o sábio é feliz ou o homem feliz é um sábio?

Referência Bibliográfica: COTRIMGilberto e FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. 1 Ed. São Paulo: Saraiva,
PLATÃO. Fedro. Trad. Carlos Alberto Nunes. Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana. 1975

Um comentário:

  1. Caro Nelsinho, primeiramente, parabéns pelo texto! Acabo de ler seu texto e agora ficou ainda mais claro nossa conversa.
    Sabe que tenho conhecimentos bem limitaria em filosofia, o que sei dessa matéria rua é o que extraio de nossos bate papos, mas dentro do contexto do texto, e na minha opinião, acho que o homem sábio é feliz, pois quando se tem sabedoria, você sabe conduzir sua vida, fazendo com que em todos os âmbitos dela fluam com tranquilidade, levando a felicidade, pois o homem está sempre em busca da felicidade.

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